Bolsas mundiais buscam reação com sinais de novos estímulos de Bancos Centrais



As bolsas de valores da Ásia iniciaram março com avanço após o Banco do Japão prometer “ampla liquidez” aos mercados. Tóquio fechou em alta de 0,95% e Xangai saltou 3%, mesmo após dados muito negativos da Markit confirmarem que a indústria chinesa despencou em fevereiro.

As bolsas europeias abriram em alta após o anúncio de que o Eurogrupo fará uma reunião de emergência na quarta-feira para discutir medidas de apoio econômico aos países mais atingidos pelo Covid-19, mas diminuíram a força durante o pregão. A Itália quer permissão para gastar 3,6 bilhões de euros com empresas, famílias e regiões mais atingidas pelo coronavírus.

Enquanto isso, o número de pessoas contaminadas se aproxima de 90 mil no mundo inteiro, com a China superando 80 mil casos e a Coreia do Sul os 4,2 mil. O BC divulga na manhã de hoje a pesquisa Focus. No noticiário corporativo, destaque para a operadora de turismo CVC, que afirma ter sofrido irregularidades contábeis de R$ 250 milhões, e para a oferta pública de ações da incorporadora e construtora paulistana You, Inc, na B3.


Bolsas mundiais

As bolsas de valores da Ásia começaram março em alta, com destaque para o avanço de 3% de Xangai, enquanto o Nikkei avançou 1%. Segundo a CNN, os mercados mudaram de humor após o presidente do Banco do Japão, Haruhiko Kuroda, prometer que o banco central nipônico proverá “ampla liquidez” aos mercados para garantir a estabilidade financeira em meio ao surto do coronavírus, cujo número de infectados no mundo se aproxima de 90 mil.

Na China, o índice de gerentes de compras Caixin, medido pela Markit, teve leitura de 40 pontos em fevereiro, ante 51 em janeiro, confirmando os dados do governo divulgados semana passada, de que a produção industrial despencou no mês passado.

O Banco da Inglaterra prometeu as medidas necessárias para garantir estabilidade financeira e monetária; o governo francês disse que ministros do G7 vão ter teleconferência esta semana para coordenar resposta ao vírus.

Na sexta, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, disse que o BC americano está monitorando o coronavírus, usará suas ferramentas e agirá de forma apropriada, se for necessário.

Na Europa, o Eurogrupo marcou teleconferência dos ministros da Economia para quarta-feira e devem ser anunciadas medidas de emergência para os países afetados pelo vírus – o ministro de Economia da Itália, Roberto Gualtieri, quer um pacote fiscal de 3,6 bilhões de Euros para socorrer as famílias e empresas atingidas. Os futuros de Nova York estão em forte avanço.

Veja o desempenho dos mercados, às 7h30 (horário de Brasília):

Nova York
*S&P 500 Futuro (EUA), +0,52%
*Nasdaq Futuro (EUA), +0,80%
*Dow Jones Futuro (EUA), +0,57%

Europa
*Dax (Alemanha), -0,54%
*FTSE (Reino Unido), +0,85%
*CAC 40 (França), -0,23%
*FTSE MIB (Itália), -2,40%

Ásia
*Nikkei (Japão), +0,95% (fechado)
*Kospi (Coreia do Sul), +0,78% (fechado)
*Hang Seng (Hong Kong), +0,62% (fechado)
*Xangai (China), +3,15% (fechado)

*Petróleo WTI, +2,75%, a US$ 45,99 o barril
*Petróleo Brent, +3,00%, a US$ 50,00 o barril

**Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian fecharam com alta firme de 5,83%, cotados a 653,000 iuanes, equivalentes a US$ 93,77 (nas últimas 24 horas). USD/CNY= 6,9638 (+0,40%)
*Bitcoin, US$ 8.693,46 +1,98%


 Indicadores econômicos

No Brasil, os mercados acompanham a divulgação do IPC-S da última semana de fevereiro, pela FGV, e do boletim semanal Focus, pelo Banco Central.

Já a balança comercial de fevereiro deve mostrar superávit de US$ 1,5 bilhão, segundo estimativa mediana em pesquisa Bloomberg, depois de déficit revisado de US$ 1,73 bilhão na medição anterior. O resultado sai às 15h.

A Markit divulgará hoje às 10h o índice de gerentes de compras (PMI) em fevereiro da manufatura brasileira. A MRV Engenharia divulga balanço após o fechamento do pregão.


Política 

O Congresso volta nesta semana do recesso de Carnaval com dois temas centrais que deverão dominar as discussões na Câmara e no Senado a partir da terça-feira: os vetos do presidente Jair Bolsonaro à lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e o novo marco do Saneamento, que está no Senado.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, é favorável a aprovar o novo marco do Saneamento – que já passou pela Câmara – como está; já a questão da LDO é muito mais complexa, por envolve negociações entre os poderes Legislativo e Executivo. O presidente Jair Bolsonaro não quer que o governo federal abra mão de R$ 30 milhões em emendas parlamentares que ficarão sob controle de deputados federais e senadores. Os parlamentares exigem uma contrapartida da União.


 Crédito 

O Banco Central que criar até o final de 2020 um sistema de intercâmbio de dados de clientes entre os bancos. O objetivo do chamado “open banking” é tornar disponível o histórico de pagamento dos consumidores e possibilitar uma maior competição entre as instituições financeiras, informa reportagem do jornal O Estado de S. Paulo. Mas o plano já causa atritos entre pequenas, médias e grandes instituições e corre o risco de acabar inviabilizado.


Noticiário corporativo 

A operadora turística CVC (CVCB3) comunicou que encontrou erros e irregularidades contábeis nos valores repassados a operadores turísticos entre 2015 e 2019. Segundo a CVC, os erros podem alterar os seus resultados e foi constituído um comitê de auditoria para investigar o problema.

Já a construtora e incorporadora imobiliária You, inc, de São Paulo capital, entrou com pedido para oferta pública de ações na CVM e com pedido de registro de empresa de capital aberto na B3. No ano passado, a construtora You teve uma receita líquida de R$ 552,6 milhões, um crescimento de 52% sobre 2018.






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